Salmo 19. 12 “ Quem há que possa discernir as próprias faltas? Absolve-me das que me são ocultas.
A mente entorpecida imagina que o pecado é pecado somente quando as transgressões são descobertas. Até ser descoberto continua a viver debaixo da égide da impureza oculta.
Mas o pensamento do escravo é como um cabresto levando-o sem controle para o intenso desejo desenfreado proporcionado pelos pequenos pecados secretos que são acumulados diariamente, e uma vez sob o domínio e efeito do pecado o homem não saberá discernir entre o bem e o mal. Afundar-se-á mais e mais como que num poço sem fim, não tendo domínio sobre sua própria vontade.
Um homem no atoleiro do pecado não tem como separar o bem do mal, pois seu coração ligado ao prazer apenas escolherá o que mais lhe agrada e nuca optará em sair do aconchego do pecado que aos poucos o toma como preza para a morte. Enquanto vive sua existência está em fazer a sua vontade, não querendo abrir mão da mesma para viver na bondade pureza e santidade de Deus. O pecado que para ele parece oculto diz um certo pregador que não o é.
Há um Deus que vê tudo o que aos homens parece oculto, mas que não foge as chamas da ira de Deus. Os homens em suas supostas camuflagens dão asas as suas imaginações torpes, depravadas, e irreais procurando com isso fugir da realidade espiritual negando as orientações que direcionam para a verdade preferindo o engano de seu próprio coração.
Quem há que possa discernir as próprias falhas? O pecado muda o semblante causando peso a mente e a culpa torna-se forte após ações cometidas, única e exclusivamente pela força da cobiça. É curioso como os homens medem a culpa. (Um trabalhador da estrada de ferro põe o sinal equivocadamente e ocorre um acidente; o homem é julgado e severamente censurado. No dia anterior também tinha colocado um sinal errado, mas não houve acidente algum e, portanto, ninguém o acusou por seu descuido em relaxamento.
Mas foi exatamente o mesmo erro – com acidente ou sem acidente; como o acidente não gerou a culpa, mas o ato – mas sem a notoriedade e a repercussão. Era sua responsabilidade ser cuidadoso. E ele é tão culpado na primeira como na segunda vez que, em sua negligência, expôs vidas humanas ao perigo mortal. Não meça o pecado pelo que outras pessoas dizem sobre ele, mas pelo que Deus diz a respeito dele, e como suas consciências protestam contra ele.) C h Spurgeon.
Portanto quem peca estará dentro de uma hipnose sem ter domínio no que faz e sofrendo as consequências da vida sem regras ou princípios. Porque sua mente cauterizada dá ouvidos a voz do pecado. Que proporciona tempo suficiente de prazer para deixar a mente anestesiada. Uma alma preza a tais vontades não terá forças para sair e nem tão pouco discernir os seus próprios erros. As ocultas faltas que dilaceram o caráter de quem as pratica, na realidade elas não são tão ocultas assim, pois tanto ofensor como o ofendido a conhecem. Pois são pecados cometidos contra Deus e que no devido tempo serão revelados, mesmo estando fora dos olhares dos homens.
Aí está a verdadeira hipocrisia de alguém imaginar que pode perante os homens ter uma vida de pureza, quando internamente não há pureza em sua alma. Tal pessoa pode andar com os santos sem ser santo, falando da Esperança sem tê-la no coração, estar entre os filhos da luz sem ser da luz, falar da verdade e andar nos passos da mentira, ouvir ao Senhor e obedecer a Satanás. Uma alma comprometida com o pecado tem prazer em pecar, nela não há vida que a possa torna-la diferente desta geração perversa, porque ela faz parte de tudo isso.
Havendo um coração arrependido compungido por ouvir as verdades de Deus o perdão virá e a alma doente sentirá, a cura para o seu mal. Deus que a tudo vê em secreto perdoará a alma escravizada pelo pecado que busca liberdade e o meio inicial é a Palavra de Deus que purifica a todo pecador em agonia e desejando ser livre. “ Vos já estais limpos por causa da Palavra que vos tenho falado” Jo. 15.3 Está Palavra santifica e purifica ela é água purificadora o coração quebrantado sentirá o efeito poderoso em sua mente e coração da purificação proporcionada pela Palavra de Deus.
Ela inibe a ação do pecado e o homem que tal coisa fez sente-se renovado, purificado e sua mente volta a leveza e suavidade da santidade de Deus. E uma vez normal este mesmo homem passa a ter nojo, ira, repugnância, rejeição, afastamento, ódio, pelo pecado que o estava escravizando. É tempo de pensarmos mais sobre viver integramente para com o Senhor à vista ou não dos homens. Somente assim vigiando e orando haverá refrigério permanente para a alma justificada.
Pr. Haroldo Azevedo
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