sábado, 28 de maio de 2016

Olhando pela Janela





                          Da janela de minha casa vejo o tempo nublado, uma tarde que o Senhor fez e que nós seus servos vivendo o glorificamos e  O Exaltamos como Deus Santo Justo e Verdadeiro. Tenho o cuidado de examinar o meu coração confrontá-lo mais um dia com a Palavra de Vida e Paz  e ainda não me vejo qualificado para dizer: Sou perfeito! Continuo me vendo hoje limpo, pois afinal estou em Sua presença e amanhã sem que eu queira sujo novamente. 

Essa tarde nublada  é como minha vida o sol está por trás das nuvens brilhando mais e mais e o céu sempre azul ainda que eu não o veja. Isso me faz pensar no Criador e em amados que hoje não mais estão entre nós ou por descansarem de suas obras, ou por terem mudado de bairro, cidade ou estado.  Não mudei de assunto esse dia é como eu é como você vez por outra estamos nesta situação - nublados. Mas Ele está em nós permanentemente brilhando a cada dia idependente das circuntâncias. 
Olho pela janela,  a tarde se vai é o  dia? Sim mais um dia esta a declinar para que as sombras da noite chegue e então podermos descansar. Tenho limite no que vejo, pois além do céu nublado apenas o muro e residências nada mais. Mas minha mente vai muito além do que meus olhos possam ver, ela chega a presença de Deus em simplicidade nada levando, a não ser o coração contrito aquEle que a tudo fez incluso eu. Jamais imaginei ter a alma transformada, o meu coração perdoado e cheio da Graça do eterno Deus. Não importa o que o mundo fala a respeito do Deus Santo  Ele não é nada do que tais homens dizem que Ele é. Eu sou Sua testemunha olhando pela janela   e vendo um pouco que ela me permite ver das grandezas do Criador. Se não há quem confie o desprezando, eu confio por que o amo afinal eu sou o seu milagre aqui do lado de dentro da Janela.

Pr. Haroldo Azevedo
العلاقات العامة. هارولدو أزيفيدو

Uma vida piedosa. - John Owen.




A cada sermão pregado, a cada artigo em blogs ou/e sites que são publicados, em cada livro e revistas que é citados a palavra puritanos, logo vem a mente de que eram pessoas separatistas e rebeldes que buscavam o seu bel prazer levando o povo a se revoltar contra as autoridades. Mas analisando e estudando vemos que o termo e sua influência não poderia ter sido “apagado”  entre nós, igreja do Senhor Jesus. Os puritanos são aqueles que, após a Reforma, no momento de recessão e esfriamento, eles buscaram um avivamento e um culto regulado pela Palavra de Deus. Ou seja, eles queriam e lutaram por isso, para que a Reforma fosse aplicada, de fato, na igreja. Que tudo aquilo que fosse um acréscimo humano ao culto - que não podiam ser demonstrado nem apoiado pela Escrituras, deviam ser tirados. Mas bem sabemos que um culto a Deus começa na nossa vida diária de devoção a Deus. E é sobre isso que trataremos neste artigo.

O Príncipe dos Puritanos”.

Ele nasceu em 1616 e veio a falecer em 1683. Foi capelão no exército de Oliver Cromwell e vice-chanceler da Universidade de Oxford, mas a maior parte da sua vida ele serviu como pastor de uma igreja. Suas obras escritas somam 24 volumes e representam o que há de melhor em termos de teologia no idioma inglês. Em vários assuntos importantes como o Espírito Santo, Mortificação do Pecado e Apostasia, ele é insuperável. Estou falando de John Owen.

John Owen em seu livro Pensando espiritualmente (Editora PES) nos dá algumas lições sobre sobre como cultuar a Deus e este culto começa em nossas vidas.

E seguiremos o conselho deste velho puritano. Jonh Owen ao falar de como ir ao culto parece estar vivendo em nossos dias ou até mesmo nos dias de Spurgeon que diz:

Muitos gostariam de unir igreja e palco, baralho e oração, danças e ordenanças. (...) Quando a antiga fé desaparecer e o entusiasmo pelo evangelho é extinto, não é surpresa que as pessoas busquem outras coisas que lhes tragam satisfação. Na falta de pão, se alimentam com cinzas; rejeitando o caminho do Senhor, seguem avidamente pelo caminho da tolice.

As pessoas não sabem mais qual é o propósito de ir ao culto. Para muitos a igreja funciona como um pronto socorro, e desde que as pessoas estejam socorridas, as demais coisas, inclusive a adoração, ficam em segundo plano ou até mesmo ignoradas. John Owen deixou isso claro:

Muitas pessoas gostam de frequentar cultos de adoração a Deus. Contudo, esse gosto, em si, não é necessariamente um sinal de verdadeira espiritualidade.

O sinal verdadeiro de sermos crentes verdadeiros não está no ir ao culto, mas como vamos a este culto a Deus. Na história Bíblica mostra que o povo de Deus, que buscavam o culto para lhes satisfazer, ião ao culto divididos e com uma adoração distorcidas. Em Isaías 1.13 mostra um povo que desobedecia abertamente a Deus mas que continuavam a oferecer a sacrifícios a Deus. E Deus diz que esta atitude é abominável a Deus, porque não podia “suportar iniquidades associada ao ajuntamento solene” (Is 1.13). Em Malaquias 1.7-10 Deus reprovou a qualidade das ofertas porque o povo não dava o melhor que podia. Em Amós 5.21-27, Deus exigiu justiça e não sacrifícios . E em Coríntios Paulo os acusou de ajuntarem “não para melhor e sim para pior” (1 Co 11.17).

O principio de ir ao culto, como diz Owen, é perceber “a diferença entre uma verdadeira mudança espiritual e a mera renovação moral do caráter”. Há pessoas que gostam de ir ao culto pelo o fato de uma pregação eloquente e uma música agradável, mas Owen diz que para uma pessoa que pensa espiritualmente ele pensa diferente e não busca somente isso. E buscando aquilo que somente lhe agrada pode trazer, como diz Owen, uma “distração que nos afasta do culto real”.

O comportamento de um cristão que se embaraça com negócios desta vida pode até conhecer o culto de uma forma superficial, como Owen define; como dois homens que gostam de um mesmo jardim um gostará do seu colorido e aroma; o outro, por conhecer de perto a natureza e os benefícios do uso das flores e das ervas. Segundo Owen este último é o que pensa e vive espiritualmente, porque ele não conhece superficialmente, mas sabe do resultado prático e verdadeiro e o fruto que isso pode nos trazer.

As pessoas que têm mentalidade espiritual encontram tanto gozo em todos os aspectos da adoração a Deus que não querem ficar sem ela. diz John Owen.

E nisto Owen nos faz uma pergunta: De que maneiras os que pensam espiritualmente auferem [lucram, obtém] seu prazer da participação nos deveres do culto religioso? 

Nosso prazer em adorar a Deus e seus benefícios está em nossa mudança espiritual. Uma pessoa que foi, verdadeiramente, regenerada terá a plena vontade de adorar a Deus não se importando com o resultado que ela possa receber, mesmo que isso lhe custe a morte.

No preparo, a cada dia, para que no dia do Senhor possamos adorar a Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças (Marcos 12:30). Como Owen nos diz que “a fé é o único meio de se aproximarem de Deus; que o amor é o único meio de Lhe obedecerem; que a reverência e o prazer espiritual são os únicos meios de viverem junto dEle”. A nossa fé tem que ser demonstrada em todos os lugares e não só nos cultos, mostrar-se em um culto é fácil. Mostrar a nossa fé aonde quase ninguém pensa em Deus é difícil. Logo, temos que nos aproximar de Deus todos os dias e em todos os lugares. O nosso amor, se realmente formos regenerados, será um amor como João nos diz “...se Deus assim nos amou, também nós devemos amar uns aos outros.” (1Jo 4:11). Um amor que mostre rendição a Deus e a Sua Palavra, porque a lei se cumpre numa só palavra, nesta: "Amarás ao teu próximo como a ti mesmo."(Gl 5.14). Como diz Agostinho: “eu odiaria minha própria alma se descobrisse que ela não ama a Deus.”. A reverência a Deus é o principio do cristão, é a certeza de que ele é um eleito como está descrito pelo profeta: "e farei com eles uma aliança eterna de não me desviar de fazer-lhes o bem; e porei o meu temor nos seus corações, para que nunca se apartem de mim." (Jr 32.40). Como descreve Owen, a reverência é acompanhada pelo prazer de servir a Deus. O cristão deve ter o prazer de servir a Deus a cada dia, como explica F.F Bruce: O amor e a obediência a Deus estão de tal maneira entrelaçados um com o outro que a existência de um implica a presença do outro.

Ao contrário de tudo isso Owen define assim:

Vir ao culto cheio de outros pensamentos, ou ignorando quais pensamentos deveríamos ter, será dar surgimento à mornidão, à frieza e à indiferença. Devemos sobressaltar-nos ao encontrarmos esses sinais de decadência em nossos corações.

O nosso desejo de cultuar a Deus deve está baseado na oração do Senhor Jesus (Mt 6.9-13), o nosso culto deve buscar a vontade e a gloria de Deus manifestada na terra como ela o é manifestada no céu.

Para concluir, citarei mais uma frase de John Owen:

O nosso amor a Deus é que nos motiva a anelar que a Sua glória seja vista. Por isso os crentes se deleitam em fazer qualquer coisa que manifeste essa glória.

Quem não vier ao culto com esse desejo não obterá dessa ocasião nenhum prazer, senão o pobre prazer de supor que o seu culto o glorificará aos olhos de Deus — o que, como já vimos, não acontece.

Fonte: Teologia & Apologética
Divulgação: Bereianos
Postado por: Blog do Pr. Haroldo Azevedo



sexta-feira, 27 de maio de 2016

Um estudo detalhado de João 3.16

Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha vida eterna. (Jo 3: 16)


Muitas vezes este versículo é usado para ensinar que:

"amou" = Deus tem tal anseio natural pelo bem de.
"mundo" = toda a raça humana, em todas as épocas e tempos.
"deu" = Ele deu Seu Filho para morrer, na verdade, não para salvar qualquer um, mas.
"todo aquele" = para que qualquer um que tenha a tendência natural para crer.
"tenha" = possa, assim, obter a vida eterna.
Contrastando com isso, nós entendemos que o versículo ensina:
"amou" = Deus tem um amor tão especial, tão supremo, que Ele determinou.
"mundo" = que todo o Seu povo, dentre todas as raças fosse salvo.
"deu" = ao designar Seu Filho para ser um Salvador adequado.
"todo aquele que" = deixando claro que todos os crentes, e somente eles.
"tenha" = tenham, efetivamente, todas as coisas gloriosas que Ele planejou para eles.

Há três coisas a serem cuidadosamente estudadas aqui. Em primeiro lugar, o amor de Deus; em segundo lugar, o objeto do amor de Deus, aqui chamado de "o mundo"; em terceiro lugar, a intenção do amor de Deus: para que os crentes "não pereçam".

1. É importante entender que nada que sugira que Deus é imperfeito deve ser dito a respeito dEle. Sua obra é perfeita. No entanto, se for argumentado que Ele tem um anseio natural quanto à salvação de todos, então, o fato de todos não serem salvos deve significar que Seu anseio é fraco e Sua felicidade é incompleta.

Além disso, as Escrituras não afirmam, em lugar algum, que Deus é naturalmente inclinado ao bem de todos. Ao contrário, é evidente que Deus é completamente capaz de ter misericórdia daqueles pelos quais Ele terá misericórdia. Seu amor é um ato livre de Sua vontade, não uma emoção produzida nEle por nosso estado miserável. (Se fosse a miséria que tivesse atraído o anseio natural de Deus para ajudar, então Ele deveria ser misericordioso para com os demônios e os condenados!).

O amor que é aqui descrito é um ato supremo e especial da vontade de Deus, dirigido particularmente aos crentes. As palavras de tal maneira e para que enfatizam a característica incomum desse amor e o claro propósito desse amor no sentido de salvar os crentes da perdição. Então, este amor não pode ser uma afeição comum por todos, desde que alguns realmente perecem.

Outros versículos das Escrituras também concordam que esse amor de Deus é um ato supremo e é dirigido especialmente aos crentes, como, por exemplo, Romanos 5: 8 ou 1 João 4: 9, 10. Ninguém falaria de uma inclinação natural para o bem de todos, através de maneiras tão enfáticas como estas.

É claro que Deus quer o bem de todos a quem Ele ama. Então, segue-se que Ele ama somente aqueles que recebem esse bem. O mesmo amor que O levou a dar Seu Filho Jesus Cristo, faz com que Ele dê também todas as outras coisas necessárias - Aquele que nem mesmo a seu próprio filho poupou, antes o entregou por todos nós, como nos não dará também com ele todas as coisas? (Romanos 8: 32). Assim, este amor especial de Deus pode, portanto, ser somente por aqueles que realmente tenham recebido graça e glória.

Ora, leitor cristão, você precisa julgar: pode o amor de Deus, que deu o Seu Filho, ser entendido como um sentimento de boa vontade para com todos em geral? Não será, ao invés disso, o Seu amor especial para com os crentes eleitos?

2. Precisamos examinar o que é o objeto desse amor de Deus, aqui chamado de o mundo. Alguns dizem: isso deve significar todos e cada um dos homens. Eu jamais consegui ver como isso poderia significar tal coisa. Já demonstramos os diferentes sentidos com que a palavra mundo é usada nas Escrituras. E, em João 3:16, o amor mencionado no princípio e o propósito no final, não podem concordar com o significado de "todos e cada um dos homens" que é imposto, por alguns, sobre "o mundo", o qual ocorre no meio do versículo.

De nossa parte, entendemos que essa palavra significa os eleitos de Deus espalhados pelo mundo entre todas as nações. Os benefícios especiais de Deus já não são para os judeus somente. O sentido é: Deus amou os Seus eleitos em todo o mundo de tal maneira, que deu o Seu Filho com esse propósito, para que os crentes pudessem ser salvos por Ele. Há várias razões que corroboram esse ponto de vista.

A natureza do amor de Deus conforme já examinamos aqui, não pode ser considerada como sendo estendida a todos e a cada um dos homens. O mundo, neste versículo, tem que ser aquele mundo que realmente receba a vida eterna. Isso é confirmado pelo versículo seguinte - João 3: 17 - onde, na terceira ocorrência do termo mundo, é afirmado que o propósito de Deus ao enviar Cristo foi para que o mundo fosse salvo. Se mundo se refere aqui a quaisquer pessoas senão aos crentes eleitos, então Deus falhou no Seu propósito. Não ousaríamos admitir isso.

Não é raro, de fato, o povo de Deus ser designado por termos, tais como: mundo, toda a carne, todas as nações, e todas as famílias da terra. Em João 4: 42, por exemplo, é afirmado que Cristo é o Salvador do mundo. Um Salvador de homens não salvos seria uma contradição de termos. Assim sendo, aqueles que aqui são chamados de "o mundo" têm que ser apenas aqueles que são salvos.

Há várias razões porque os crentes são chamados de o mundo. É para distingui-los dos anjos; para rejeitar judeus jactanciosos que pensavam ser apenas eles o povo de Deus; para ensinar a distinção entre a velha aliança feita com uma só nação, e a nova - na qual todas as nações do mundo se tornariam obedientes a Cristo; e para mostrar a condição natural dos crentes como criaturas terrestres e deste mundo.

Se for ainda argumentado que mundo aqui se refere a todos e a cada um dos homens como sendo o objeto do amor de Deus, então, por que Deus não revelou Jesus a todos a quem Ele tanto amou? É muito estranho que Deus desse Seu Filho para eles, e, no entanto, nunca lhes falasse desse amor, pois milhões jamais ouviram o evangelho! Como pode ser dito que Ele ama todos os homens, se, na Sua providência, esse amor não chega a ser conhecido por todos os homens?

Finalmente, mundo não pode significar todos e cada um dos homens, a menos que estejamos dispostos a admitir que:

O amor de Deus em relação a muitos é em vão, porque eles perecem; Cristo foi enviado em favor de milhões que jamais O conheceram; Cristo foi enviado em favor de milhões que não podem crer nEle. Deus muda Seu amor para abandonar aqueles que perecem (ou isso, ou Ele continua a amá-los no inferno); Deus não consegue dar todas as coisas àqueles pelos quais Ele deu Cristo. Deus não sabe de antemão quem vai crer e ser salvo. Não podemos admitir tais absurdos; mundo só pode significar aquelas pessoas espalhadas pelo mundo, que são eleitos.

3. Afirma-se que a maneira pela qual os eleitos de Deus chegam, realmente, a obter a vida que está em Seu Filho é através do ato de crer. É "cada crente que não vai perecer".1

Se for alegado que Cristo morreu por todos e por cada um dos homens, e, entretanto, nós agora aprendemos que somente os crentes serão salvos, o que é que faz a diferença entre crente e não crentes? Eles não podem fazer a diferença por si mesmos (ver 1 Coríntios 4: 7). Então Deus os fez diferentes. Mas se Deus os fez diferentes, como pode ter enviado Cristo para todos eles?

O versículo (João 3: 16) declara a intenção de Deus no sentido de que os crentes serão salvos. Segue-se, então, que Deus não deu Seu Filho para os incrédulos. Como poderia ter dado Seu Filho para aqueles a quem Ele não deu a graça de crer?

Ora, que o leitor pese todas estas coisas, e especialmente a primeira - o amor de Deus - e pergunte seriamente se pode ser considerado uma afeição por todos em geral aquilo que pode tolerar a perdição de muitos daqueles a quem Ele tanto amou? Ou será que este amor não é melhor entendido como sendo aquele único, especial amor do Pai por Seus filhos crentes, que torna seguro o futuro deles? Então, você terá uma resposta se a Bíblia ensina, ou não, que Cristo morreu como um resgate geral - infrutífero com relação a muitos pelos quais o resgate foi pago ou como uma redenção especial e gloriosamente eficaz para cada crente. E lembre-se de que este texto, João 3: 16, é frequentemente usado para sustentar a ideia de que Cristo morreu por todos os homens - embora, como já tenho mostrado, seja completamente incompatível com tal noção!

NOTAS:

1. Sugerir que "todo aqueles" significa "qualquer um" indefinidamente, não vai ajudar em nada a causa da redenção universal. A forma das palavras gregas é realmente "todos os crentes". Argumentar a favor de "qualquer um" é, sem dúvida, negar que o amor de Deus é igual para com todos os homens! Se alguns - o "todo aquele" - podem ser especialmente favorecidos, então Deus não pode ter amado todos os homens igualmente. Ele deve, de alguma forma, ter amado os "todos aqueles" mais do que o restante dos homens!

Fonte: John Owen. Por quem Cristo Morreu?, pág 82-88. Editora PES (adaptado para postagem)
Via: Apologética/Defesa da fé
Postado por: Blog do Pastor  Haroldo Azevedo

terça-feira, 24 de maio de 2016

A Rebelião de Corá





Esta foi uma rebelião promovida por um levita, Corá. Bisneto de Levi, ele sem dúvida tinha muita influência e autoridade, pois conseguiu reunir atrás de si duzentos e cinquenta homens de renome, líderes do povo.
Inflado pela sua posição, Corá promoveu uma demonstração de força diante de Moisés e Arão a fim arrancar-lhes a autoridade, exclamando que Moisés e Arão se exaltavam indevidamente sobre o povo, onde todos eram iguais. Sem dúvida Corá ambicionava tomar o lugar deles, colhendo para si e para a sua família vantagens políticas e financeiras. Ele e os seus comparsas, Datã e Abirão, insuflaram o povo alegando que Moisés e Arão haviam feito Israel subir de uma terra que mana leite e mel (o Egito) para fazê-los morrer no deserto e ainda por cima queriam fazer-se príncipes entre eles!
O que alegavam era mentira, sem qualquer fundamento: Moisés não estava assumindo a liderança por vontade própria. Ele relutou bastante antes de aceitar a missão que o SENHOR lhe confiara, e Arão foi também nomeado pelo SENHOR porque Moisés queria alguém que o ajudasse. O povo já teria entrado na terra de Canaã não fosse a sua incredulidade. Moisés nada queria para si, ao contrário de Corá, que provocou esta rebelião por inveja.
O SENHOR havia definido a posição e o ministério de cada um, inclusive o de Corá, um coatita (Êxodo 6:16,18; Números 3:17,28,29,31; 4:36; 26:57,62). Uma rebelião como esta era coisa muito séria, e era necessário tomar medidas drásticas.
Ainda hoje, as igrejas continuam a ser perturbadas pela inveja que surge entre alguns dos seus membros, resultando em rebelião contra seus líderes e mesmo na divisão da igreja. É por isto que somos instruídos a nos revestir de humildade e mansidão (Colossenses 3:12). Toda a autoridade na igreja vem de Deus, e cada um de nós recebe dele dons espirituais diferentes para exercermos dentro da igreja (1 Coríntios 12). Alguns vaidosamente querem uma posição destacada, sem reconhecer que Deus não os quer lá, porque lhes falta o talento necessário. Aqui temos uma lição importante para tais pessoas.
Moisés, em sua mansidão, não retrucou com invectivas nem procurou defender sua posição. Com toda a humildade, ele propôs deixar para que o SENHOR indicasse quem era o santo da sua escolha, quando Corá e os homens do seu grupo deitassem incenso no dia seguinte diante dEle, junto com Arão (era uma das funções sacerdotais). Moisés sabia o que os havia motivado - embora já tendo um cargo importante no Tabernáculo, eles queriam a liderança exercendo o sacerdócio. Ele os repreendeu por isso e lembrou-os que estavam agindo contra o SENHOR.
Ninguém toma esta honra para si mesmo, senão quando chamado por Deus, como aconteceu com Arão (Hebreus 5:4). Era uma tentativa de criar uma ordem sacerdotal sem a aprovação divina (Hebreus 5:10). Foi o que fizeram os nicolaítas na era cristã (Apocalipse 2:6,15), dividindo uma irmandade em que todos são iguais, em duas castas, a do clero e a dos leigos, e arrogando-se títulos para diferenciar-se dos outros (Mateus 23:8-10).
O Novo Testamento nos ensina a reconhecer os dons de ministério (1 Coríntios 12:4-31; Efésios 4:8,11,12) e os supervisores (anciãos, presbíteros, bispos) e os diáconos (1 Timóteo 3:1-13; Tito 1:5-9), o que é totalmente diferente do que o clero se arroga para si.
Datã e Abirão não quiseram cooperar neste teste e fizeram acusações maliciosas contra Moisés e Arão. Se tivessem seguido ao mando de Moisés eles já estariam desfrutando da verdadeira terra que mana leite e mel, que não era o Egito onde eram escravizados.
Moisés desta vez irou-se com tamanha injustiça e declarou diante de Deus a sua inocência.
O juízo do SENHOR veio, severo e rápido. Não fosse pela intercessão de Moisés e Arão, Ele teria consumido a congregação toda. Os rebeldes principais, Corá, Datã e Abirão foram mortos com as suas famílias e seus bens mediante a abertura sobrenatural de fendas na terra embaixo de suas casas, que se fecharam em seguida, sepultando-os vivos.
Mas os filhos de Corá foram poupados (capítulo 26:11). Esta foi a prova que Moisés deu ao povo que o SENHOR o enviara a realizar tudo o que havia feito, que não havia procedido dele mesmo (v.28).
É notável como o SENHOR os julgou: porque eles procuraram separar o povo, o SENHOR os separou do povo e depois separou o solo debaixo deles para que fossem tragados. Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará (Gálatas 6:7).
O juízo sobre os duzentos e cinquenta homens foi o mesmo que acontecera antes aos filhos de Arão que apresentaram incenso indevidamente diante do SENHOR (Levítico 10:2): foram consumidos por fogo vindo do SENHOR. Ficou Arão, o legítimo titular da posição de sumo-sacerdote.
A mando do SENHOR os incensários desses homens, feitos de metal, foram fundidos e convertidos em lâminas para cobertura do altar, por memorial para que nenhum estranho, que não fosse da descendência de Arão, acendesse incenso perante o SENHOR.
É abominável para um homem ou um grupo revoltar-se contra a ordem que Deus estabeleceu, e introduzir algo para dividir o seu povo. O juízo do SENHOR virá certamente sobre tais pessoas.
Mas o povo culpou Moisés e Arão pelas mortes dos rebeldes, e, logo no dia seguinte, iniciaram nova murmuração ajuntando-se contra Moisés e Arão.
Sua atitude lhes trouxe ainda maior castigo. É de admirar como o povo aparentemente tinha dificuldade em compreender que o SENHOR era quem os estava disciplinando para que aprendessem a confiar nEle e a obedecê-lO. Era realmente um povo de dura cerviz, como o Senhor havia declarado antes a Moisés (Êxodo 32:9, etc.).
O caminho para a rebeldia começa com a falta de contentamento e o ceticismo, passa para as reclamações contra as circunstâncias e contra Deus, depois adquire amargura e ressentimento, seguidos finalmente por rebelião e hostilidade. Vigiemos se estivermos descontentes, cépticos, inclinados a reclamar ou a ficar ressentidos: estas atitudes nos levarão a nos rebelar contra Deus e as consequências serão sérias para nós.
A Glória do SENHOR novamente apareceu, como em todas as outras ocasiões, dentro da nuvem que desceu e cobriu a tenda da congregação. Outra vez coube ao injuriado, Moisés, interceder pelo povo. Mas a ira do SENHOR foi tal, que Ele começou a castigar o povo com uma praga mortal.
Foi preciso que, a mando de Moisés, Arão oferecesse expiação pelo povo, pondo fogo do altar em seu incensário e correndo entre o povo, deitando incenso nele à medida que corria, finalmente parando entre os mortos e os vivos. Morreram catorze mil e setecentas pessoas por causa da praga. Isto nos lembra que é Aquele que a raça humana pregou numa cruz que nos salva. Ele está de pé entre Deus e o pecador.

R David Jones

Postado por: Blog Pr. Haroldo Azevedo

Postagem em Destaque

Uma simples Visão

                           Acordei! Mas continuei deitado fechei meus olhos, e contemplei Uma linda palmeira, banhada pelo sol da manhã. S...